Os dados a seguir mostram algumas características das notificações de COVID19, durante
os meses de janeiro a junho de 2022, de pacientes atendidos no HCFMRP-USP, notificados
pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar – HCRP.
Figura 1 – Total de casos confirmados por RT-PCR + para COVID19, distribuídos pelos meses do
primeiro semestre de 2022, notificados pelo NVEH-HCRP.
O mês de janeiro foi o período com maior número de casos confirmados de
COVID19, notificados pelo NVEH-HCRP, durante o meses do primeiro semestre de 2022.
Analisando os casos positivos notificados no mês de janeiro, observamos que a faixa etária
com maior número de casos foi a de 26 a 30 anos, com menor ocorrência de casos nos
menores de 15 anos (figura 2). Porém, quando distribuímos os casos de COVID19
confirmados, pelo número de internações (figura 3), percebemos que a faixa etária que mais
internou por COVID19, foi a pediátrica, principalmente de 0 a 5 anos, onde quase todos os
casos necessitaram de internação para controle da doença. Podendo ser esse achado uma
consequência da não vacinação neste grupo etário (vacinas ainda não liberadas). As faixas
etárias maiores, onde já está indicada a vacinação, foram bem poucos os que necessitaram
de internação (26-30 anos 1,1% de casos internados enquanto que de 0-5 anos 70,4% dos
casos necessitaram de internação).
Figura 2- Distribuição dos casos confirmados de COVID19 por RT-PCR+, por faixa etária, no mês de janeiro de 2022, NVEH-HCRP.
Figura 3- Distribuição dos casos confirmados de COVID19 por RT-PCR+, por faixa etária que necessitaram de internação, no mês de janeiro de 2022, NVEH-HCRP.
Figura 4 – Total de casos confirmados por RT-PCR + para COVID19, distribuídos por faixa etária durante os meses de fevereiro a junho de 2022, NVEH-HCRP.
Figura 5 – Distribuição dos casos confirmados de COVID19 por RT-PCR+, por faixa etária que necessitaram de internação nos meses de fevereiro a junho de 2022, NVEH-HCRP.
Nos demais meses do semestre, de fevereiro a abril houve uma diminuição
acentuada no número de casos positivos, sendo o mês de abril o de menor ocorrência de
positivos para COVID19. Em maio e junho esses números voltam a subir.
Os dados mostram uma importante queda no número de internações, mesmo com
aumento no número de casos positivos. Um panorama bem diferente do início da pandemia,
antes da vacinação, quando a necessidade de internação era bem maior, hospitais cheios,
sem vagas para atender a demanda de pacientes graves com infecção pelo novo
coronavírus. Sem dúvida a vacinação trouxe esse controle.
As vacinas utilizadas até o momento contra COVID19, se mostraram eficazes e
seguras e novas vacinas deverão ser liberadas em um futuro próximo para melhor
efetividade no controle das infecções pelo vírus SARS-CoV-2.